domingo, 5 de maio de 2013


O surgimento do capitalismo comercial, a partir do século XVI, na Europa, com a reabertura dos mares Mediterrâneo, Báltico e do Norte implicaram em transformações substanciais em todas as esferas da sociedade, sobretudo cultural. Primeiro grande movimento cultural burguês, o Renascimento valorizava uma cultura laica (não-eclesiástica) e racional. Embora tentasse romper com as concepções católico-feudal, as vezes confundiam-se ou mesclavam-se  os novos valores burgueses e os antigos preceitos eclesiásticos, evidenciando o caráter transitório do movimento (transição do feudalismo para o capitalismo).
Os renascentistas buscavam subsídios na cultura Greco-Romana, característica marcante do Renascimento Cultural, denominada Classicismo. Embora negassem os valores medievais e valorizassem a cultura clássica, não se pode considerar o Renascimento como um renascer cultural propriamente dito, como se antes, na Idade Média, não houvesse cultura. O Renascimento foi a retomada de valores da Antiguidade Clássica úteis a vida burguesa. Dessa forma buscou-se o antropocentrismo (o homem no centro do universo), o humanismo (valorização do homem), o hedonismo (valorização dos prazeres terrenos) e o naturalismo (representação e estudo da natureza humana na literatura, nas artes e nas ciências).
Alguns renascentistas consideravam a Idade Média como um período de trevas, de morte cultural. No entanto, isso não é verdade, na medida em que na era medieval surgiram as universidades e a arte gótica.Renascimento tem início a partir do momento em que se reinicia a comercialização no mar Mediterrâneo, do Norte e Báltico, com as Cruzadas. O renascer comercial e urbano, principalmente na Itália, dada a proximidade desse país com o Mediterrâneo, fez surgir uma nova classe social: a burguesia. Juntamente com a ascensão econômica burguesa novos valores emergiam, condizentes com o caráter mercantil dessa nova classe social. Daí o ambiente propício ao desenvolvimento do Renascimento Cultural. Além disso, haviam os mecenas, ricos burgueses patrocinadores das artes em geral. Buscavam, além do engrandecimento pessoal, vantagens econômicas e culturais.
O Renascimento foi um movimento de grande valor cultural, pois retirou o monopólio da explicação das coisas do mundo da Igreja Católica. Incentivava-se a crítica, o racionalismo e o empirismo (realização de experiências para se comprovar hipóteses científicas). Substituíam a fé pela razão, a Igreja pela ciência.
O Renascimento Cultural representou um abalo nas barreiras ao progresso científico a tal ponto de elas não mais representarem um entrave ao seu crescimento.

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